segunda-feira, 28 de abril de 2008

a galinha pintalgada


A galinha pintalgada 1ºano Eb1 Vila Nova de S. Bento
A galinha pintalgada e os seis pintainhos





Numa casinha pequena e muito acolhedora, vivia com os seus seis filhotes, a galinha pintalgada.

Um dia do mês de Maio, a galinha saiu para o campo para apanhar as espigas de trigo que tinha semeado. Havia muito calor, a família estava cansada e… quando apareceu o Cão Malhado a galinha perguntou-lhe:

Galinha- Ajuda-nos a apanhar o trigo, estamos tão cansados.

Cão – Eu? Eu não, tenho muito calor e vou dormir uma folguinha…

A galinha e os filhos ficaram tristes, mas logo logo viram aproximar-se a Cabra Gordinha e ficaram felizes.

Pintainho Inês- Cabra Gordinha, ajuda-nos a apanhar as espigas de trigo.

Cabra Gordinha - Eu? Eu não, não faço esse tipo de trabalho…

Mais uma vez ficaram muito tristes. À tarde quando iam para o moinho encontraram o Porquinho Cinzento.

Pintainho Rui- Porquinho Cinzento, ajuda-nos a levar as espigas de trigo até ao moinho.

Porquinho Cinzento –Eu? Eu não posso, estou atrasado para o jantar.

Mais à frente encontraram a Vaca Branquinha.

Pintainho Rodrigo Valente – Vaca Branquinha ajuda-nos a carregar a farinha…

Vaca Branquinha – Eu? Eu não posso, não quero sujar os meus cascos com farinha…

Quando voltavam a casa, com os sacos cheios de farinha, encontraram o Cavalinho Castanho.

Pintainho Francisco Veredas- Ajuda-nos Cavalinho Castanho, a farinha pesa tanto…

Cavalinho Castanho – Eu? Eu não, nas minhas costas não levo farinha nenhuma.

Quando chegaram a casa, resolveram fazer um bolinho… quando iam bater o bolo, viram passar perto de casa o gato amarelo e chamaram-no:

Pintainho Ana Sofia - Gato Amarelo, ainda bem que apareces, ajuda-nos a bater o bolo.

Gato Amarelo - Eu? Eu não, dá-me impressão mexer na massa…

Quando iam untar a forma, apareceu à janela o Coelhinho Maroto e um dos pintainhos disse-lhe:

Pintainho Daniela - Coelho Maroto, ajuda-nos a untar a forma do Bolo.

Coelho Maroto – Eu? Eu não, vou comer uma cenoura…

a Ovelha Fofinha…

Galinha – Ovelha Fofinha, ajuda-me a untar a forma…

Ovelha Fofinha – Eu? Eu não…não quero sujar a minha lã com farinha…

Só faltava meter a forma no forno, passou então o Cabritinho Encaracolado.

Galinha – Cabritinho, preciso que me ajudes a meter o bolo no forno.

Cabritinho Encaracolado – Eu? Eu não, vou correr pelos campos verdinhos…

Quando o bolo estava pronto, os animais aproximaram-se da casa, seguindo o cheiro…

Todos – Cheira tão bem…

Galinha – Quem apanhou o trigo? Quem o levou ao moinho? Quem transportou a farinha? Quem bateu o bolo? Quem untou a forma? Quem meteu o bolo no forno?

Todos – Foram vocês ….

Galinha – Então somos nós que comemos o bolinho...



História adaptada para a Turma A do 1º Ano da Escola de Vila Nova de S. Bento

Fevereiro de 2008

sábado, 26 de abril de 2008

História tradicional - Touro Azul

O Touro Azul


Há muitos anos, num país longínquo onde só entra a fantasia DE QUEM CONSEGUE SONHAR, vivia a Carina, uma menina de oito anos de idade.
Vivia feliz com os seus pais, uma mãe calorosa e um pai dedicado.
A mãe da Carina adoeceu gravemente e acabou por falecer lentamente, como uma folha que cai da árvore, no Outono.
O pai, voltou a casar e como era um guerreiro afamado, partiu em defesa do seu reino.
Carina, a pobre criança ficou durante muitos dias deitada, sofria em silêncio.


O tempo passou, a Carina crescia esperando o regresso do seu pai.

Não tinha direito a frequentar uma escola, a malvada da madrasta, obrigava-a todos os dias a ir guardar a manada das vacas para o prado.

Um dia, à hora da merenda, a menina quando abriu o talego de pano, verificou que apenas tinha pão com bolor. Voltou a fechar o saco, encostou-se ao tronco da cerejeira e chorou, chorou a morte da mãe, a partida do pai e chorou a sua má sorte…adormeceu. Ao acordar, viu um touro, forte, austero, um animal de grande porte. Esfregou os olhos, talvez fosse um sonho…mas não era, à sua frente estava um animal diferente, um TOURO AZUL.

A sua primeira reacção foi de medo, tentou subir o tronco da cerejeira. Ficou depois assustada, quando ouviu a voz rouca, distante, daquele animal:

-Não temas, eu sou inofensivo…vem para a minha beira, preciso sentir calor humano.

Caria hesitou, temendo que o pior estivesse para chegar, depois, lentamente foi-se aproximando, tocou levemente o peito do animal, estava soado e quente.

- Olha Carina, sei que tens andando mal alimentada, mete os teus dedinhos na minha orelha direita e retira uma toalha com cuidado.

A menina, esfomeada, obedeceu ao animal que lhe falava.
Retirou uma magnífica toalha branca, estendeu à sombra da árvore e saciou a fome e a sede, vendo-se perante inúmeras e volumosas iguarias.

A menina pouco a pouco foi conhecendo melhor aquele animal, parecia-lhe um amigo, alguém em quem poderia confiar.

A Primavera aproximava-se, os campos estavam cobertos de muitas e coloridas flores, apetecia passear pelo prado e desabafar com aquela criatura que não era humana, mas, lhe era tão querida. Num desses passeios, o TOURO AZUL, convidou a Carina para partir com ele para uma grande viagem.
Carina voltou a recear, partir com um amigo é bom, mas, aquele amigo era tão estranho…depois de muito pensar, acabou por aceitar o convite, não tinha muito a perder…via-se sem família e sem amigos.

O dia da partida chegou, subiu para o dorso do touro e caminharam em silêncio, durante horas.
O caminho era desconhecido, parecia abrirem-se estradas que até ali estavam na escuridão. Por momentos Carina fechou os olhos e recordou a sua infância, viu a mãe sorrir e incentivá-la para aquela viagem…quando o fim da tarde se aproximava, Carina ouviu o Touro Azul quebrando o silêncio:
- Carina, vamos passar agora pelo pomar das maçãs de prata, tem muito cuidado, de cada maçã que cair, sairá um felino esfomeado.

Caminharam pelo pomar, Carina ia muito quieta, temendo a queda de alguma maçã e isso acabou por acontecer…caíram duas maçãs vermelhas e de cada uma saiu um leão, ferozes e rápidos nos seus movimentos. O TOURO AZUL lutou até à exaustão e acabou vencendo os terríveis animais.
Quase sem fôlego para falar o TOURO AZUL, pediu à menina que tirasse da sua orelha esquerda, um bálsamo milagroso.
O TOURO AZUL descansou, melhorou e continuaram a viagem…
Durante horas a menina e o touro desbravaram as silvas do caminho e continuaram seu caminho, por fim o TOURO AZUL, voltou a avisar a menina:
Falta-nos passar pelo pomar das maçãs de oiro, de cada maçã que cair, sairá um monstro com três cabeças…

A menina viveu momentos de grande susto, caíram três maçãs, de cada maçã saiu um monstro de três cabeças e os três monstros tentavam matar o touro e depois chegariam à Carina.A luta foi muito acesa, os coices, as dentadas, as garras, magoavam e feriam tentando a morte do adversário. O TOURO conseguiu matar um a um, dos três temíveis monstros.
Ali ficaram uns dias até que o touro estivesse em condições de prosseguir a sua viagem.


Ao longe, avistaram um grande palácio dourado, todo cercado de um jardim florido, o touro pediu à menina que fosse bater ao portão do palácio e por lá ficasse a trabalhar, a Carina não queria abandonar o seu único amigo, mas acabou por mais uma vez lhe obedecer.
Trabalhou durante vários anos naquele palácio, tratava as galinhas, recolhia os ovos e varria o jardim.
Um dia, a cozinheira do palácio adoeceu, a Carina foi substitui-la.
Uma manhã foi finalmente conhecer o príncipe, dono daquele magnífico palácio.

Subiu as escadas de madeira, nervosa, era agora uma bonita mulher, tinha os cabelos louros, os caracóis caiam-lhe nos ombros, o seu rosto mostrava um sorriso bonito.

Entrou no quarto, o príncipe estava de pé, frente à janela, era um rapaz corpulento, parecia distante…
Carina colocou o tabuleiro na mesa rectangular e preparava-se para sair, quando ouviu uma voz rouca, que lhe pareceu bastante familiar:
-Espera, quero que me conheças.

A menina fixou os olhos no príncipe, olhou a cicatriz do seu rosto e disse quase em surdina:

-Impossível…és o meu amigo Touro Azul.

O príncipe sorriu e disse:
- Sim, sou eu e foste tu, com a tua bondade, o teu carinho humano, que me tirou o encantamento que eu tinha desde bebé. Hoje, volteia ser um homem, porque uma menina acreditou na minha amizade.

A Carina correu e sem hesitar abraçou o TOURO AZUL.


O tempo passou, Carina era agora noiva do Príncipe Encantado, o seu pai regressara da guerra e …para a história acabar em bem, casaram, viveram felizes para sempre naquele reino onde só podem entrar OS QUE CONSEGUEM SONHAR…

Foi esta a história que mecontou a minha avó eque eu passei a palavras escritas no papel

Recolha feita quando tiha 6/7 anos,adaptada em 2006 por Margarida Monge

sábado, 19 de abril de 2008

Rainha Santa Isabel


Rainha Santa Isabel

I Acto

Cenário- O palácio ao fundo, o povo vestido pobremente, sentado nas ruas.

(A rainha chega acompanhada de quatro aias)

Rainha- Que desejais meu senhor? Mandeis vós chamar-me?

Rei (tom arrogante) – Pois chamei minha rainha, já a avisei que não deve continuar a privar com o povo. Ficai no palácio vivendo no conforto e na riqueza.

Rainha- (com tom doce) – Mas meu senhor (segurando a mão do rei) – não vos aborreceis. Eu simplesmente tenho muitos amigos fora da corte.

Rei- Que lhes dais vós pela amizade?

Rainha- Apenas carinho meu senhor e meu rei.


II Acto

Pobre (surge aflita) – Minha Rainha…Minha Santa…

Rainha- (com uma voz muito meiga) – Que desejais minha boa mulher?

Pobre- Sabei vós minha rainha que a minha mãe está doente e que não temos meios de a curar.

Rainha- Não te aflijas bom rapaz, logo mais enviarei o curandeiro da corte para a curar.

Pobre- Salve minha rainha e senhora!

Menina- Só quero um beijinho da rainha mais bonita do mundo.

Rainha- Vem perto de mim, quero dar um abraço à menina mais bonita da corte. (Abraça-a e dá--lhe um beijinho)

Pedro (a correr) – Minha rainha, el-rei vem aí com os seus criados.
Rainha- Não fiqueis assustados. Tenho muita alegria em ver o meu esposo nesta linda manhã de Janeiro.

(A rainha faz uma vénia, larga o avental e deixa cair pétalas de rosa e rosas vermelhas).

Rei- Como é possível (toca nas pétalas com as mãos, fazendo-as voar pelo ar).

Criado- Senhor … Meu rei, cheiram bem.

Rainha- Sim … foram colhidas hoje pela manhã (e sorri).

Rei- Minha rainha, que fazeis no meio da plebe?

Rainha- Meu senhor e meu rei, fico feliz por ver Vª Exª de tão bom humor. Esta boa gente veio ao meu encontro para me cumprimentar e para me oferecer a sua bondade.

Rei- E vós … minha rainha, que levais no regaço para eles?

Rainha- São rosas senhor … são rosas que uma amiga me ofereceu. (as aias ficam assustadas e dizem em coro)

Aias- Rosas minha rainha?

Rei- Rosas nesta altura do ano?

Rainha- Sim meu rei, são rosas vermelhas e perfumadas.

Rei- Mostrai-me minha Esposa … quero cheirar o seu perfume.

(a rainha faz uma vénia, larga o avental e deixa cair pétalas de rosa e rosas vermelhas).

Rei- Como é possível (toca nas pétalas com as mãos, fazendo-as voar pelo ar).

Criado- Senhor … Meu rei, cheiram bem.

Rainha- Sim … foram colhidas hoje pela manhã (e sorri).

Texto adaptado pelos alunos da turma do 4ºE
Professora Margarida Monge

Trabalho de avaliação de leitura, destinado a alunos do 1º ano

Poema inventado na sala






Alunos eu hoje quero



Ler um poema com vocês



Uma, duas vezes, talvez três



Não se podem distrair



Oiçam todos com atenção



Silêncio...vamos começar...



Primeiro pensamos



Assim será melhor


Não falem por falar


Oiçam os outros a inventar


Foi desta forma que consegui trabalhar com a turma do 1º ano a primeira poesia, depois foram surgindo mais...




Nasceu do ovinho


Era muito enroladinha


Continuou a crescer


Não tinha dentinhos


Tinhas umas asinhas


Era muito amarelinha


Era uma borboleta


Pôs muitos ovinhos


Ficaram pretinhos


Nasceram bichinhos


Comeram folhinhas


Fizeram casulinho


Entraram os bichinhos


Sairam borboletas


É esta a história


Do bichinho-da-seda



Alunos do 1º Ano Turma A Vila Nova de S. Bento


Quem não gosta de ouvir uma história bem contada?