sexta-feira, 8 de agosto de 2008
A Névoa
Era uma vez um padrinho que tinha um afilhado, todos os dias iam passear ao jardim e viam três pombinhas brancas que vinham tomar banho no tanque.
Uma tarde, estavam o padrinho e o afilhado junto ao tanque, quando as três pombas chegaram, tiraram as carapucinhas e transformaram-se em três princesas.
Os olhos do afilhado brilharam, então o seu padrinho disse-lhe:
- Se conseguires apanhar uma carapucinha, ficarás com uma das três princesas que estão no banho.
O afilhado escondeu-se num abrigo e tirou uma das gorrinhas brancas.
Quando saíram do banho, puseram a gorrinha, tomaram asas e voaram. A princesa Névoa queria também a sua gorrinha para poder voar com as irmãs, mas o afilhado em vez disso ofereceu-lhe um lindo vestido e levou a menina com ele.
Um dia, a princesa apanhou uma gorra e fugiu em direcção às irmãs que a esperavam.
O afilhado ficou triste, nada o consolava, o padrinho vendo tanta mágoa resolveu oferecer-lhe um traçado e deixou partir em busca da sua princesa encantada.
Encontrou um homem com uma junta de bois e convidou-o a sair com ele.
Mais à frente encontrou um homem que arrasava serras e cabeços e também este foi convidado a procurar a princesinha.
Durante a viagem viram ainda um homem que arrancava pinheiros.
Partiram os quatro, caminhavam durante vários dias até encontrarem um palácio deserto. Aí, cheios de fome, resolveram parar e cozinhar. Mataram um boi, partiram alguma carne e o homem da junta de bois ficou a cozinhar, os outros foram passear em redor do palácio.
Quando chegou a certa altura, o jantar começou a cheirar, abriu-se um alçapão e saiu de lá um gigante.
- Dá-me carne senão mato-te.
O gigante comeu a carne toda e voltou para o alçapão fazendo o homem prometer silêncio.
Quando os outros três regressaram, os esfomeados, não viram comida, indignados perguntaram o que acontecera.
- Não sei, não me lembro de nada, adormeci e quando acordei já não havia carne.
Nos dois dias seguintes, a cena repetiu-se com o homem que arrasava serras e cabeços e com o homem que arrancava pinheiros.
Ao terceiro dia o afilhado disse:
- Podem ir que quem cozinha hoje sou eu.
Quando a carne começou a cheirar, saiu o gigante do alçapão:
- Dá-me carne senão mato-te.
- Sim, mas só se tu a agarrares!
Quando o gigante se aproximava, o afilhado deu-lhe com o traçado e ele só teve tempo de se recolher no alçapão.
Quando os outros chegaram ao palácio, ficaram admirados ao verem a carne e o afilhado disse-lhes:
- Vocês não me contaram … agora vamos comer e depois o alçapão está aberto, arranjamos um cavanejo e vai um de cada vez tentar matar o gigante.
Assim fizeram, o homem que andava com a junta de bois, meteu-se no cavanejo, pegou num chocalho e desceu enquanto os outros seguravam as cordas.
Tinham combinado quando quisessem ser puxados bastava tocar o chocalho.
Não tardou a ouvir-se toque, não conseguiu apanhar o gigante.
Seguiu-se o homem que arrasava serras e cabeços e o que arrancava pinheiros, mas nada conseguiu, resolveu-se que seria a vez do afilhado.
Ao chegar ao fundo, viu três portas, abriu cada uma e desencantou três princesas.
Meteu-se uma de cada vez no cavanejo e as três foram libertadas.
Apareceu o gigante, o afilhado deu-lhe com o traçado e cortou-lhe uma orelha.
Os três homens ao verem-se com as três princesas não quiseram puxar o afilhado de dentro do alçapão.
Ele viu-se sozinho, deu uma dentada não orelha do gigante e pediu o desejo de se transformar numa águia. Assim foi…
Tomou asas e percorreu serras e montes à procura da sua Névoa.
Quando viu as três irmãs no pátio de um palácio desceu e disse a Névoa para perguntar ao seu encanto onde estava a sua morte.
Está no lago onde vive onde vive o porco-espinho. O afilhado voltando a transformar-se em águia, voou até ao lago buscar a morte do encanto da Névoa. Depois de muita luta ele conseguiu soltar a Névoa e as suas irmãs, partiu com a sua princesa e viveu feliz com ela.
Uma tarde, estavam o padrinho e o afilhado junto ao tanque, quando as três pombas chegaram, tiraram as carapucinhas e transformaram-se em três princesas.
Os olhos do afilhado brilharam, então o seu padrinho disse-lhe:
- Se conseguires apanhar uma carapucinha, ficarás com uma das três princesas que estão no banho.
O afilhado escondeu-se num abrigo e tirou uma das gorrinhas brancas.
Quando saíram do banho, puseram a gorrinha, tomaram asas e voaram. A princesa Névoa queria também a sua gorrinha para poder voar com as irmãs, mas o afilhado em vez disso ofereceu-lhe um lindo vestido e levou a menina com ele.
Um dia, a princesa apanhou uma gorra e fugiu em direcção às irmãs que a esperavam.
O afilhado ficou triste, nada o consolava, o padrinho vendo tanta mágoa resolveu oferecer-lhe um traçado e deixou partir em busca da sua princesa encantada.
Encontrou um homem com uma junta de bois e convidou-o a sair com ele.
Mais à frente encontrou um homem que arrasava serras e cabeços e também este foi convidado a procurar a princesinha.
Durante a viagem viram ainda um homem que arrancava pinheiros.
Partiram os quatro, caminhavam durante vários dias até encontrarem um palácio deserto. Aí, cheios de fome, resolveram parar e cozinhar. Mataram um boi, partiram alguma carne e o homem da junta de bois ficou a cozinhar, os outros foram passear em redor do palácio.
Quando chegou a certa altura, o jantar começou a cheirar, abriu-se um alçapão e saiu de lá um gigante.
- Dá-me carne senão mato-te.
O gigante comeu a carne toda e voltou para o alçapão fazendo o homem prometer silêncio.
Quando os outros três regressaram, os esfomeados, não viram comida, indignados perguntaram o que acontecera.
- Não sei, não me lembro de nada, adormeci e quando acordei já não havia carne.
Nos dois dias seguintes, a cena repetiu-se com o homem que arrasava serras e cabeços e com o homem que arrancava pinheiros.
Ao terceiro dia o afilhado disse:
- Podem ir que quem cozinha hoje sou eu.
Quando a carne começou a cheirar, saiu o gigante do alçapão:
- Dá-me carne senão mato-te.
- Sim, mas só se tu a agarrares!
Quando o gigante se aproximava, o afilhado deu-lhe com o traçado e ele só teve tempo de se recolher no alçapão.
Quando os outros chegaram ao palácio, ficaram admirados ao verem a carne e o afilhado disse-lhes:
- Vocês não me contaram … agora vamos comer e depois o alçapão está aberto, arranjamos um cavanejo e vai um de cada vez tentar matar o gigante.
Assim fizeram, o homem que andava com a junta de bois, meteu-se no cavanejo, pegou num chocalho e desceu enquanto os outros seguravam as cordas.
Tinham combinado quando quisessem ser puxados bastava tocar o chocalho.
Não tardou a ouvir-se toque, não conseguiu apanhar o gigante.
Seguiu-se o homem que arrasava serras e cabeços e o que arrancava pinheiros, mas nada conseguiu, resolveu-se que seria a vez do afilhado.
Ao chegar ao fundo, viu três portas, abriu cada uma e desencantou três princesas.
Meteu-se uma de cada vez no cavanejo e as três foram libertadas.
Apareceu o gigante, o afilhado deu-lhe com o traçado e cortou-lhe uma orelha.
Os três homens ao verem-se com as três princesas não quiseram puxar o afilhado de dentro do alçapão.
Ele viu-se sozinho, deu uma dentada não orelha do gigante e pediu o desejo de se transformar numa águia. Assim foi…
Tomou asas e percorreu serras e montes à procura da sua Névoa.
Quando viu as três irmãs no pátio de um palácio desceu e disse a Névoa para perguntar ao seu encanto onde estava a sua morte.
Está no lago onde vive onde vive o porco-espinho. O afilhado voltando a transformar-se em águia, voou até ao lago buscar a morte do encanto da Névoa. Depois de muita luta ele conseguiu soltar a Névoa e as suas irmãs, partiu com a sua princesa e viveu feliz com ela.
terça-feira, 22 de julho de 2008
algumas fontes orais
Encontro-me no período das férias escolares, tenho agora mais disponibilidade para recolher algumas histórias que não consigo encontrar nos livros.
Resolvi visitar o Centro de Dia de Vila Verde de Ficalho e falar com os utentes...encontrei pessoas que ficaram interessadas em partilhar comigo algumas histórias que ouviam...
O S. Bento Costa, com 86 anos é realmente uma pessoa que guarda consigo muitos tesouros da tradição oral, começo por vos deixar uma história fantástica chamada Névoa
Resolvi visitar o Centro de Dia de Vila Verde de Ficalho e falar com os utentes...encontrei pessoas que ficaram interessadas em partilhar comigo algumas histórias que ouviam...
O S. Bento Costa, com 86 anos é realmente uma pessoa que guarda consigo muitos tesouros da tradição oral, começo por vos deixar uma história fantástica chamada Névoa
sábado, 10 de maio de 2008
Nos livros podemos mentir
Ontem dia 23 de Abril foi o dia do livro, não podia deixar passar esta data, sem que fosse comemorada.
Resolvi fazer com a turma (alunos do 1º Ano), uma actividade que achei interessante e que resultou muito bem.
Entreguei a cada aluno uma folha A4
Pedi para desenharem as orelhas do cão
A cara da girafa
A tromba do elefante
Os dentes do coelho
O corpo do camelo
As asas da borboleta
As pernas do homem
O rabo do macaco
Era altura então de dar o nome aquele animal
A imaginação da criança é fabulosa, surgiu o texto...
Como nasce este animal?
Como se desloca?
Do que se alimenta?
Deixarei aqui os resultados deste trabalho, que para mim teve como principal objectivo mostrar às crianças que no livro é possível mentir, criar, imaginar...o livro pode ser o espelho daquilo que gostamos de dizer e muitas vezes não podemos ou não conseguimos fazê-lo...
Resolvi fazer com a turma (alunos do 1º Ano), uma actividade que achei interessante e que resultou muito bem.
Entreguei a cada aluno uma folha A4
Pedi para desenharem as orelhas do cão
A cara da girafa
A tromba do elefante
Os dentes do coelho
O corpo do camelo
As asas da borboleta
As pernas do homem
O rabo do macaco
Era altura então de dar o nome aquele animal
A imaginação da criança é fabulosa, surgiu o texto...
Como nasce este animal?
Como se desloca?
Do que se alimenta?
Deixarei aqui os resultados deste trabalho, que para mim teve como principal objectivo mostrar às crianças que no livro é possível mentir, criar, imaginar...o livro pode ser o espelho daquilo que gostamos de dizer e muitas vezes não podemos ou não conseguimos fazê-lo...
sexta-feira, 2 de maio de 2008
Dia da Mãe
O resultado do trabalho colectivo foi este:
Querida mãe
És muito bonita
És muito boa
Levas-me a todo o lado
Pareces uma flor
Tu amas-me
Dás-me carinho
Eu preciso de ti
Por tudo isto...
Eu gosto muito de TI!...
Querida mãe
És muito bonita
És muito boa
Levas-me a todo o lado
Pareces uma flor
Tu amas-me
Dás-me carinho
Eu preciso de ti
Por tudo isto...
Eu gosto muito de TI!...
segunda-feira, 28 de abril de 2008
a galinha pintalgada
A galinha pintalgada 1ºano Eb1 Vila Nova de S. Bento
A galinha pintalgada e os seis pintainhos
Numa casinha pequena e muito acolhedora, vivia com os seus seis filhotes, a galinha pintalgada.
Um dia do mês de Maio, a galinha saiu para o campo para apanhar as espigas de trigo que tinha semeado. Havia muito calor, a família estava cansada e… quando apareceu o Cão Malhado a galinha perguntou-lhe:
Galinha- Ajuda-nos a apanhar o trigo, estamos tão cansados.
Cão – Eu? Eu não, tenho muito calor e vou dormir uma folguinha…
A galinha e os filhos ficaram tristes, mas logo logo viram aproximar-se a Cabra Gordinha e ficaram felizes.
Pintainho Inês- Cabra Gordinha, ajuda-nos a apanhar as espigas de trigo.
Cabra Gordinha - Eu? Eu não, não faço esse tipo de trabalho…
Mais uma vez ficaram muito tristes. À tarde quando iam para o moinho encontraram o Porquinho Cinzento.
Pintainho Rui- Porquinho Cinzento, ajuda-nos a levar as espigas de trigo até ao moinho.
Porquinho Cinzento –Eu? Eu não posso, estou atrasado para o jantar.
Mais à frente encontraram a Vaca Branquinha.
Pintainho Rodrigo Valente – Vaca Branquinha ajuda-nos a carregar a farinha…
Vaca Branquinha – Eu? Eu não posso, não quero sujar os meus cascos com farinha…
Quando voltavam a casa, com os sacos cheios de farinha, encontraram o Cavalinho Castanho.
Pintainho Francisco Veredas- Ajuda-nos Cavalinho Castanho, a farinha pesa tanto…
Cavalinho Castanho – Eu? Eu não, nas minhas costas não levo farinha nenhuma.
Quando chegaram a casa, resolveram fazer um bolinho… quando iam bater o bolo, viram passar perto de casa o gato amarelo e chamaram-no:
Pintainho Ana Sofia - Gato Amarelo, ainda bem que apareces, ajuda-nos a bater o bolo.
Gato Amarelo - Eu? Eu não, dá-me impressão mexer na massa…
Quando iam untar a forma, apareceu à janela o Coelhinho Maroto e um dos pintainhos disse-lhe:
Pintainho Daniela - Coelho Maroto, ajuda-nos a untar a forma do Bolo.
Coelho Maroto – Eu? Eu não, vou comer uma cenoura…
a Ovelha Fofinha…
Galinha – Ovelha Fofinha, ajuda-me a untar a forma…
Ovelha Fofinha – Eu? Eu não…não quero sujar a minha lã com farinha…
Só faltava meter a forma no forno, passou então o Cabritinho Encaracolado.
Galinha – Cabritinho, preciso que me ajudes a meter o bolo no forno.
Cabritinho Encaracolado – Eu? Eu não, vou correr pelos campos verdinhos…
Quando o bolo estava pronto, os animais aproximaram-se da casa, seguindo o cheiro…
Todos – Cheira tão bem…
Galinha – Quem apanhou o trigo? Quem o levou ao moinho? Quem transportou a farinha? Quem bateu o bolo? Quem untou a forma? Quem meteu o bolo no forno?
Todos – Foram vocês ….
Galinha – Então somos nós que comemos o bolinho...
História adaptada para a Turma A do 1º Ano da Escola de Vila Nova de S. Bento
Fevereiro de 2008
sábado, 26 de abril de 2008
História tradicional - Touro Azul
O Touro Azul
Há muitos anos, num país longínquo onde só entra a fantasia DE QUEM CONSEGUE SONHAR, vivia a Carina, uma menina de oito anos de idade.
Vivia feliz com os seus pais, uma mãe calorosa e um pai dedicado.
A mãe da Carina adoeceu gravemente e acabou por falecer lentamente, como uma folha que cai da árvore, no Outono.
O pai, voltou a casar e como era um guerreiro afamado, partiu em defesa do seu reino.
Carina, a pobre criança ficou durante muitos dias deitada, sofria em silêncio.
O tempo passou, a Carina crescia esperando o regresso do seu pai.
Não tinha direito a frequentar uma escola, a malvada da madrasta, obrigava-a todos os dias a ir guardar a manada das vacas para o prado.
Um dia, à hora da merenda, a menina quando abriu o talego de pano, verificou que apenas tinha pão com bolor. Voltou a fechar o saco, encostou-se ao tronco da cerejeira e chorou, chorou a morte da mãe, a partida do pai e chorou a sua má sorte…adormeceu. Ao acordar, viu um touro, forte, austero, um animal de grande porte. Esfregou os olhos, talvez fosse um sonho…mas não era, à sua frente estava um animal diferente, um TOURO AZUL.
A sua primeira reacção foi de medo, tentou subir o tronco da cerejeira. Ficou depois assustada, quando ouviu a voz rouca, distante, daquele animal:
-Não temas, eu sou inofensivo…vem para a minha beira, preciso sentir calor humano.
Caria hesitou, temendo que o pior estivesse para chegar, depois, lentamente foi-se aproximando, tocou levemente o peito do animal, estava soado e quente.
- Olha Carina, sei que tens andando mal alimentada, mete os teus dedinhos na minha orelha direita e retira uma toalha com cuidado.
A menina, esfomeada, obedeceu ao animal que lhe falava.
Retirou uma magnífica toalha branca, estendeu à sombra da árvore e saciou a fome e a sede, vendo-se perante inúmeras e volumosas iguarias.
A menina pouco a pouco foi conhecendo melhor aquele animal, parecia-lhe um amigo, alguém em quem poderia confiar.
A Primavera aproximava-se, os campos estavam cobertos de muitas e coloridas flores, apetecia passear pelo prado e desabafar com aquela criatura que não era humana, mas, lhe era tão querida. Num desses passeios, o TOURO AZUL, convidou a Carina para partir com ele para uma grande viagem.
Carina voltou a recear, partir com um amigo é bom, mas, aquele amigo era tão estranho…depois de muito pensar, acabou por aceitar o convite, não tinha muito a perder…via-se sem família e sem amigos.
O dia da partida chegou, subiu para o dorso do touro e caminharam em silêncio, durante horas.
O caminho era desconhecido, parecia abrirem-se estradas que até ali estavam na escuridão. Por momentos Carina fechou os olhos e recordou a sua infância, viu a mãe sorrir e incentivá-la para aquela viagem…quando o fim da tarde se aproximava, Carina ouviu o Touro Azul quebrando o silêncio:
- Carina, vamos passar agora pelo pomar das maçãs de prata, tem muito cuidado, de cada maçã que cair, sairá um felino esfomeado.
Caminharam pelo pomar, Carina ia muito quieta, temendo a queda de alguma maçã e isso acabou por acontecer…caíram duas maçãs vermelhas e de cada uma saiu um leão, ferozes e rápidos nos seus movimentos. O TOURO AZUL lutou até à exaustão e acabou vencendo os terríveis animais.
Quase sem fôlego para falar o TOURO AZUL, pediu à menina que tirasse da sua orelha esquerda, um bálsamo milagroso.
O TOURO AZUL descansou, melhorou e continuaram a viagem…
Durante horas a menina e o touro desbravaram as silvas do caminho e continuaram seu caminho, por fim o TOURO AZUL, voltou a avisar a menina:
Falta-nos passar pelo pomar das maçãs de oiro, de cada maçã que cair, sairá um monstro com três cabeças…
A menina viveu momentos de grande susto, caíram três maçãs, de cada maçã saiu um monstro de três cabeças e os três monstros tentavam matar o touro e depois chegariam à Carina.A luta foi muito acesa, os coices, as dentadas, as garras, magoavam e feriam tentando a morte do adversário. O TOURO conseguiu matar um a um, dos três temíveis monstros.
Ali ficaram uns dias até que o touro estivesse em condições de prosseguir a sua viagem.
Ao longe, avistaram um grande palácio dourado, todo cercado de um jardim florido, o touro pediu à menina que fosse bater ao portão do palácio e por lá ficasse a trabalhar, a Carina não queria abandonar o seu único amigo, mas acabou por mais uma vez lhe obedecer.
Trabalhou durante vários anos naquele palácio, tratava as galinhas, recolhia os ovos e varria o jardim.
Um dia, a cozinheira do palácio adoeceu, a Carina foi substitui-la.
Uma manhã foi finalmente conhecer o príncipe, dono daquele magnífico palácio.
Subiu as escadas de madeira, nervosa, era agora uma bonita mulher, tinha os cabelos louros, os caracóis caiam-lhe nos ombros, o seu rosto mostrava um sorriso bonito.
Entrou no quarto, o príncipe estava de pé, frente à janela, era um rapaz corpulento, parecia distante…
Carina colocou o tabuleiro na mesa rectangular e preparava-se para sair, quando ouviu uma voz rouca, que lhe pareceu bastante familiar:
-Espera, quero que me conheças.
A menina fixou os olhos no príncipe, olhou a cicatriz do seu rosto e disse quase em surdina:
-Impossível…és o meu amigo Touro Azul.
O príncipe sorriu e disse:
- Sim, sou eu e foste tu, com a tua bondade, o teu carinho humano, que me tirou o encantamento que eu tinha desde bebé. Hoje, volteia ser um homem, porque uma menina acreditou na minha amizade.
A Carina correu e sem hesitar abraçou o TOURO AZUL.
O tempo passou, Carina era agora noiva do Príncipe Encantado, o seu pai regressara da guerra e …para a história acabar em bem, casaram, viveram felizes para sempre naquele reino onde só podem entrar OS QUE CONSEGUEM SONHAR…
Foi esta a história que mecontou a minha avó eque eu passei a palavras escritas no papel
Recolha feita quando tiha 6/7 anos,adaptada em 2006 por Margarida Monge
Há muitos anos, num país longínquo onde só entra a fantasia DE QUEM CONSEGUE SONHAR, vivia a Carina, uma menina de oito anos de idade.
Vivia feliz com os seus pais, uma mãe calorosa e um pai dedicado.
A mãe da Carina adoeceu gravemente e acabou por falecer lentamente, como uma folha que cai da árvore, no Outono.
O pai, voltou a casar e como era um guerreiro afamado, partiu em defesa do seu reino.
Carina, a pobre criança ficou durante muitos dias deitada, sofria em silêncio.
O tempo passou, a Carina crescia esperando o regresso do seu pai.
Não tinha direito a frequentar uma escola, a malvada da madrasta, obrigava-a todos os dias a ir guardar a manada das vacas para o prado.
Um dia, à hora da merenda, a menina quando abriu o talego de pano, verificou que apenas tinha pão com bolor. Voltou a fechar o saco, encostou-se ao tronco da cerejeira e chorou, chorou a morte da mãe, a partida do pai e chorou a sua má sorte…adormeceu. Ao acordar, viu um touro, forte, austero, um animal de grande porte. Esfregou os olhos, talvez fosse um sonho…mas não era, à sua frente estava um animal diferente, um TOURO AZUL.
A sua primeira reacção foi de medo, tentou subir o tronco da cerejeira. Ficou depois assustada, quando ouviu a voz rouca, distante, daquele animal:
-Não temas, eu sou inofensivo…vem para a minha beira, preciso sentir calor humano.
Caria hesitou, temendo que o pior estivesse para chegar, depois, lentamente foi-se aproximando, tocou levemente o peito do animal, estava soado e quente.
- Olha Carina, sei que tens andando mal alimentada, mete os teus dedinhos na minha orelha direita e retira uma toalha com cuidado.
A menina, esfomeada, obedeceu ao animal que lhe falava.
Retirou uma magnífica toalha branca, estendeu à sombra da árvore e saciou a fome e a sede, vendo-se perante inúmeras e volumosas iguarias.
A menina pouco a pouco foi conhecendo melhor aquele animal, parecia-lhe um amigo, alguém em quem poderia confiar.
A Primavera aproximava-se, os campos estavam cobertos de muitas e coloridas flores, apetecia passear pelo prado e desabafar com aquela criatura que não era humana, mas, lhe era tão querida. Num desses passeios, o TOURO AZUL, convidou a Carina para partir com ele para uma grande viagem.
Carina voltou a recear, partir com um amigo é bom, mas, aquele amigo era tão estranho…depois de muito pensar, acabou por aceitar o convite, não tinha muito a perder…via-se sem família e sem amigos.
O dia da partida chegou, subiu para o dorso do touro e caminharam em silêncio, durante horas.
O caminho era desconhecido, parecia abrirem-se estradas que até ali estavam na escuridão. Por momentos Carina fechou os olhos e recordou a sua infância, viu a mãe sorrir e incentivá-la para aquela viagem…quando o fim da tarde se aproximava, Carina ouviu o Touro Azul quebrando o silêncio:
- Carina, vamos passar agora pelo pomar das maçãs de prata, tem muito cuidado, de cada maçã que cair, sairá um felino esfomeado.
Caminharam pelo pomar, Carina ia muito quieta, temendo a queda de alguma maçã e isso acabou por acontecer…caíram duas maçãs vermelhas e de cada uma saiu um leão, ferozes e rápidos nos seus movimentos. O TOURO AZUL lutou até à exaustão e acabou vencendo os terríveis animais.
Quase sem fôlego para falar o TOURO AZUL, pediu à menina que tirasse da sua orelha esquerda, um bálsamo milagroso.
O TOURO AZUL descansou, melhorou e continuaram a viagem…
Durante horas a menina e o touro desbravaram as silvas do caminho e continuaram seu caminho, por fim o TOURO AZUL, voltou a avisar a menina:
Falta-nos passar pelo pomar das maçãs de oiro, de cada maçã que cair, sairá um monstro com três cabeças…
A menina viveu momentos de grande susto, caíram três maçãs, de cada maçã saiu um monstro de três cabeças e os três monstros tentavam matar o touro e depois chegariam à Carina.A luta foi muito acesa, os coices, as dentadas, as garras, magoavam e feriam tentando a morte do adversário. O TOURO conseguiu matar um a um, dos três temíveis monstros.
Ali ficaram uns dias até que o touro estivesse em condições de prosseguir a sua viagem.
Ao longe, avistaram um grande palácio dourado, todo cercado de um jardim florido, o touro pediu à menina que fosse bater ao portão do palácio e por lá ficasse a trabalhar, a Carina não queria abandonar o seu único amigo, mas acabou por mais uma vez lhe obedecer.
Trabalhou durante vários anos naquele palácio, tratava as galinhas, recolhia os ovos e varria o jardim.
Um dia, a cozinheira do palácio adoeceu, a Carina foi substitui-la.
Uma manhã foi finalmente conhecer o príncipe, dono daquele magnífico palácio.
Subiu as escadas de madeira, nervosa, era agora uma bonita mulher, tinha os cabelos louros, os caracóis caiam-lhe nos ombros, o seu rosto mostrava um sorriso bonito.
Entrou no quarto, o príncipe estava de pé, frente à janela, era um rapaz corpulento, parecia distante…
Carina colocou o tabuleiro na mesa rectangular e preparava-se para sair, quando ouviu uma voz rouca, que lhe pareceu bastante familiar:
-Espera, quero que me conheças.
A menina fixou os olhos no príncipe, olhou a cicatriz do seu rosto e disse quase em surdina:
-Impossível…és o meu amigo Touro Azul.
O príncipe sorriu e disse:
- Sim, sou eu e foste tu, com a tua bondade, o teu carinho humano, que me tirou o encantamento que eu tinha desde bebé. Hoje, volteia ser um homem, porque uma menina acreditou na minha amizade.
A Carina correu e sem hesitar abraçou o TOURO AZUL.
O tempo passou, Carina era agora noiva do Príncipe Encantado, o seu pai regressara da guerra e …para a história acabar em bem, casaram, viveram felizes para sempre naquele reino onde só podem entrar OS QUE CONSEGUEM SONHAR…
Foi esta a história que mecontou a minha avó eque eu passei a palavras escritas no papel
Recolha feita quando tiha 6/7 anos,adaptada em 2006 por Margarida Monge
sábado, 19 de abril de 2008
Rainha Santa Isabel
Rainha Santa Isabel
I Acto
Cenário- O palácio ao fundo, o povo vestido pobremente, sentado nas ruas.
(A rainha chega acompanhada de quatro aias)
Rainha- Que desejais meu senhor? Mandeis vós chamar-me?
Rei (tom arrogante) – Pois chamei minha rainha, já a avisei que não deve continuar a privar com o povo. Ficai no palácio vivendo no conforto e na riqueza.
Rainha- (com tom doce) – Mas meu senhor (segurando a mão do rei) – não vos aborreceis. Eu simplesmente tenho muitos amigos fora da corte.
Rei- Que lhes dais vós pela amizade?
Rainha- Apenas carinho meu senhor e meu rei.
II Acto
Pobre (surge aflita) – Minha Rainha…Minha Santa…
Rainha- (com uma voz muito meiga) – Que desejais minha boa mulher?
Pobre- Sabei vós minha rainha que a minha mãe está doente e que não temos meios de a curar.
Rainha- Não te aflijas bom rapaz, logo mais enviarei o curandeiro da corte para a curar.
Pobre- Salve minha rainha e senhora!
Menina- Só quero um beijinho da rainha mais bonita do mundo.
Rainha- Vem perto de mim, quero dar um abraço à menina mais bonita da corte. (Abraça-a e dá--lhe um beijinho)
Pedro (a correr) – Minha rainha, el-rei vem aí com os seus criados.
Rainha- Não fiqueis assustados. Tenho muita alegria em ver o meu esposo nesta linda manhã de Janeiro.
I Acto
Cenário- O palácio ao fundo, o povo vestido pobremente, sentado nas ruas.
(A rainha chega acompanhada de quatro aias)
Rainha- Que desejais meu senhor? Mandeis vós chamar-me?
Rei (tom arrogante) – Pois chamei minha rainha, já a avisei que não deve continuar a privar com o povo. Ficai no palácio vivendo no conforto e na riqueza.
Rainha- (com tom doce) – Mas meu senhor (segurando a mão do rei) – não vos aborreceis. Eu simplesmente tenho muitos amigos fora da corte.
Rei- Que lhes dais vós pela amizade?
Rainha- Apenas carinho meu senhor e meu rei.
II Acto
Pobre (surge aflita) – Minha Rainha…Minha Santa…
Rainha- (com uma voz muito meiga) – Que desejais minha boa mulher?
Pobre- Sabei vós minha rainha que a minha mãe está doente e que não temos meios de a curar.
Rainha- Não te aflijas bom rapaz, logo mais enviarei o curandeiro da corte para a curar.
Pobre- Salve minha rainha e senhora!
Menina- Só quero um beijinho da rainha mais bonita do mundo.
Rainha- Vem perto de mim, quero dar um abraço à menina mais bonita da corte. (Abraça-a e dá--lhe um beijinho)
Pedro (a correr) – Minha rainha, el-rei vem aí com os seus criados.
Rainha- Não fiqueis assustados. Tenho muita alegria em ver o meu esposo nesta linda manhã de Janeiro.
(A rainha faz uma vénia, larga o avental e deixa cair pétalas de rosa e rosas vermelhas).
Rei- Como é possível (toca nas pétalas com as mãos, fazendo-as voar pelo ar).
Criado- Senhor … Meu rei, cheiram bem.
Rainha- Sim … foram colhidas hoje pela manhã (e sorri).
Rei- Minha rainha, que fazeis no meio da plebe?
Rainha- Meu senhor e meu rei, fico feliz por ver Vª Exª de tão bom humor. Esta boa gente veio ao meu encontro para me cumprimentar e para me oferecer a sua bondade.
Rei- E vós … minha rainha, que levais no regaço para eles?
Rainha- São rosas senhor … são rosas que uma amiga me ofereceu. (as aias ficam assustadas e dizem em coro)
Aias- Rosas minha rainha?
Rei- Rosas nesta altura do ano?
Rainha- Sim meu rei, são rosas vermelhas e perfumadas.
Rei- Mostrai-me minha Esposa … quero cheirar o seu perfume.
(a rainha faz uma vénia, larga o avental e deixa cair pétalas de rosa e rosas vermelhas).
Rei- Como é possível (toca nas pétalas com as mãos, fazendo-as voar pelo ar).
Criado- Senhor … Meu rei, cheiram bem.
Rainha- Sim … foram colhidas hoje pela manhã (e sorri).
Texto adaptado pelos alunos da turma do 4ºE
Professora Margarida Monge
Rei- Como é possível (toca nas pétalas com as mãos, fazendo-as voar pelo ar).
Criado- Senhor … Meu rei, cheiram bem.
Rainha- Sim … foram colhidas hoje pela manhã (e sorri).
Rei- Minha rainha, que fazeis no meio da plebe?
Rainha- Meu senhor e meu rei, fico feliz por ver Vª Exª de tão bom humor. Esta boa gente veio ao meu encontro para me cumprimentar e para me oferecer a sua bondade.
Rei- E vós … minha rainha, que levais no regaço para eles?
Rainha- São rosas senhor … são rosas que uma amiga me ofereceu. (as aias ficam assustadas e dizem em coro)
Aias- Rosas minha rainha?
Rei- Rosas nesta altura do ano?
Rainha- Sim meu rei, são rosas vermelhas e perfumadas.
Rei- Mostrai-me minha Esposa … quero cheirar o seu perfume.
(a rainha faz uma vénia, larga o avental e deixa cair pétalas de rosa e rosas vermelhas).
Rei- Como é possível (toca nas pétalas com as mãos, fazendo-as voar pelo ar).
Criado- Senhor … Meu rei, cheiram bem.
Rainha- Sim … foram colhidas hoje pela manhã (e sorri).
Texto adaptado pelos alunos da turma do 4ºE
Professora Margarida Monge
Trabalho de avaliação de leitura, destinado a alunos do 1º ano
Poema inventado na sala
Alunos eu hoje quero
Ler um poema com vocês
Uma, duas vezes, talvez três
Não se podem distrair
Oiçam todos com atenção
Silêncio...vamos começar...
Primeiro pensamos
Assim será melhor
Não falem por falar
Oiçam os outros a inventar
Foi desta forma que consegui trabalhar com a turma do 1º ano a primeira poesia, depois foram surgindo mais...
Nasceu do ovinho
Era muito enroladinha
Continuou a crescer
Não tinha dentinhos
Tinhas umas asinhas
Era muito amarelinha
Era uma borboleta
Pôs muitos ovinhos
Ficaram pretinhos
Nasceram bichinhos
Comeram folhinhas
Fizeram casulinho
Entraram os bichinhos
Sairam borboletas
É esta a história
Do bichinho-da-seda
Alunos do 1º Ano Turma A Vila Nova de S. Bento
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